Red – Aposentados e Perigosos

Willis e Parker: talentosa, ela rouba a cena

Red é a prova de que nem sempre quem tem
jogo de cintura é quem tem experiência

Por Angelo Capontes Jr.

Quando um elenco como o de Red – Aposentados e Perigosos é reunido, pensa-se em algo grande já que não são todos os dias que atores como Morgan Freeman e Helen Mirren juntam-se com alguns outros (não tão) bons para levar o público ao cinema. E não são todos os dias, também, que um elenco renomado é desperdiçado num filme tão sem personalidade com este.

Quem lidera o time é Bruce Willis. Ele é um agente aposentado da CIA, que conheceu sua futura namorada (a excepcional Mary-Louise Parker, de Weeds) por telefone, e está sendo procurado por um assassino. Junto com ele, e além da moça que nada tem a ver com a história, outros reclusos da agência: Freeman, Helen e John Malkovich. O filme vai tratar, então, da fuga dos ex-agentes.

Quem dirige a adaptação da HQ é o alemão Robert Schwentke, que tem dois bons trabalhos anteriores: o suspense Plano de Voo, com Jodie Foster, e, melhor ainda, o romance Te Amarei Para Sempre. Dois trabalhos que provam a mão firme do diretor. Este aqui, por outro lado, mostra o contrário, pois o alemão se perde durante o filme e o transforma num híbrido estranho.

Já na parte cênica, quem desaponta são os veteranos. Mesmo divertidos, nenhum diz exatamente a que veio. Fica a cargo de Mary-Louise Parker salvar as piadas com seu talento e seu timing perfeito.

Enfim, Red falha numa boa parte das piadas, decepciona com explosões e perseguições anêmicas e malbarata bons nomes. Mas pior que isso é a falta de jogo de cintura dos veteranos. É triste reconhecer, mas se não fosse por Mary-Louise, o filme seria um desastre.